Portugal tem vivido nos últimos anos uma grande expansão da procura e da oferta de callcenters.
Os profissionais deste sector, ao contrário de um estigma associado, são profissionais cada vez mais valorizados e cada vez com uma formação académica mais alta e conhecimentos técnicos mais aprofundados. Os elevada oferta de mão de obra qualificada, a fluência generalizada do inglês na população portuguesa mais jovem, os baixos custos laborais (comparativamente a países mais desenvolvidos no norte da Europa), e a atractabilidade do clima, segurança e o estilo de vida de Portugal para a atração de colaboradores de todo o mundo (possibilitando a fácil criação de equipa multilingues) tem contribuído para a instalação de diversas operações nacionais e internacionais em território português.
Com a evolução do mercado, o número de ofertas tende a crescer, e a procura por profissionais cada vez mais qualificados também. O perfil mais comum dos teleoperadores têm em média 2 anos de experiência, formação até o 12º ano e uma idade entre os 25-35 anos, sendo o gênero feminino ligeiramente superior ao masculino.
Os teleoperadores com mais procura em Portugal são operadores com mais de 1 ano de experiencia laboral, com disponibilidade para rotação de turnos e com experiência em vendas por telefone ou recuperação de dívidas. Seguidos de perto com bastante procura são os teleoperadores especializados em apoio ao clientes, principalmente se têm conhecimentos específicos de determinados produtos ou uma rápida capacidade de assimilação do funcionamento dos mesmos associado a um excelente capacidade de comunicação com clientes.
Os teleoperadores com experiência internacional e que dominam vários idiomas também são bastante procurados e por norma são os que mais tempo se mantêm na mesma empresa.
Com o aumento da procura internacional em localizar as operações de callcenter em Portugal, só se pode prever que os profissionais desta área mais preparados e qualificados recebam ofertas cada vez mais interessantes e que os callcenters comecem a investir cada vez mais em estratégias para maximizar a eficiência dos seus recursos humanos, investindo em tecnologia ou em alguns casos em leads de maior qualidade para as suas operações.
Relativamente à oferta dos call centers, em Portugal em 2018, as atividades mais comuns dos teleoperadores (relativo a clientes portugueses) foram: vendas 52%, apoio ao cliente 29%, recuperação de dívidas 8%, suporte técnico 8% e outras 3%.
Já a distribuição da actividade dos callcenters por setor de actividade (clientes portugueses) foi a seguinte: 53% Telecomunicações, 13% Seguros, 12% Administração Pública, 11% Banca e o sector financeiro e 11% nos restantes sector.